Postado em: 10/04/2018 - Últimas Notícias

Brasil deve se aproximar de outros países para inovar, diz especialista

[:pb]Vista aérea de Dubai. Startup do Brasil deveriam se aproximar das nações árabes (Foto: Pexels)

Para Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, presidente da Finep, brasileiros têm grande oportunidade de firmar parcerias com nações árabes para o desenvolvimento de tecnologias.

“Este é o momento para uma aproximação maior entre a comunidade científica brasileira e a comunidade científica de outros países.” A afirmação é de Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Ele participou de um painel sobre inovação e tecnologia durante o Fórum Econômico Brasil – Países Árabes, realizado na segunda-feira (02/03), em São Paulo.

O presidente da Finep, que financia investimentos privados e públicos em ciência e tecnologia, lamentou que a instituição ainda não tenha um acordo de colaboração com países árabes. “O governo tem um desejo intenso de estabelecer laços de colaboração com agências de desenvolvimento tecnológico e inovação desses países”, disse Marcos. “A aproximação efetivamente reduz barreiras. O convênio e a colaboração internacional pode resultar em projetos muito interessantes.”

Uma parceria do Brasil com os árabes também é vista com bons olhos por Otávio Dutra, CEO da PartYou, startup que criou um aplicativo para ajudar as pessoas a arrecadarem dinheiro e organizarem festas com os amigos. “O processo de tecnologia precisa evoluir para encurtar distâncias. O Brasil tem muito a ensinar em questões de tecnologia de rastreabilidade e os países árabes em inovações financeiras.”

Dutra acredita que uma zona de livre comércio entre os países poderia trazer uma série de benefícios para empreendedores árabes e brasileiros e colaborar com o processo de inovação nas duas regiões. “A cabeça de uma startup no mundo árabe é uma cabeça mundial, pois os países dessa região são menores. O Brasil é um país enorme, com um grande mercado, e menos de 1% das startups daqui atuam fora do país.”

Para o presidente da Finep, esse comportamento do empreendedor brasileiro é “um grande erro”. “Realmente, a escala do mercado brasileiro faz com que uma boa parte das empresas startups pensem apenas no mercado interno. Isso é um grande erro. As empresas precisam competir sempre globalmente, independentemente do seu mercado interno. Mesmo estando em um mercado interno grande e pujante, é bom ficar olhando o mercado global, pois rapidamente você pode ser alcançado.”

Fonte: Época Negócios[:]


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